SUSTENTABILIDADE MICRO
REGIONAL
BAIRRO HIPICA DE PORTO
ALEGRE
A IMPORTÂNCIA DE DADOS
PARA DECISÕES NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A aplicação da
sustentabilidade comunitária foi inspirada nos compromissos de “Aalborg”, na
Dinamarca, por um pacto político com o desenvolvimento sustentável por mais de
650 municípios. Envolve a participação da comunidade: na tomada de decisões; no na economia urbana; nos recursos naturais; no correto ordenamento do território; na
mobilidade urbana; na conservação da
biodiversidade; entre outros aspectos
relevantes.
No Brasil, face a sua
realidade foram agregados dois novos
eixos temáticos: A educação para a sustentabilidade e qualidade de vida e a cultura para a sustentabilidade. Quem vem dando substancial atenção ao plano
é o Instituto ETHOS de Empresas e Responsabilidade Social. Há inclusive um site
para maiores informações. www.cidadessustentáveis.org.br.
A aplicação dos seus
fundamentos pode ser aplicado a um país, um estado, um município. E por que não
a uma micro região ou a um bairro municipal. A nossa atenção volta-se ao estudo
da realidade do Bairro Hipica em Porto Alegre. Assegurar a sustentabilidade
sustentável, identificando suas
debilidades, suas insuficiências sócio econômicas. Garantir a melhoria
qualidade de vida local e reduzindo os fatores que contribuem para a elevação
da mobilidade urbana. Influenciar o Poder Público do Município a decidir com
fundamentos e dados gerados pelas estatísticas apurados pelo projeto da
sustentabilidade.
O Município de Porto Alegre
tem uma população superior a 1,5 milhões de habitantes ( censo de 2007,
1.415.237 habitantes), uma área de 476,3 km2, 17 micro regiões, 81 bairros
oficiais. O Bairro Hípica criado pela
lei, nº 6839 de 12 de setembro de
1991, tem um área de 447 hectares. Seu crescimento social nos últimos dez (10)
anos tem sido elevado, fruto dos investimentos realizados pelo setor da
construção civil de loteamentos e condomínios residenciais, aproveitando os
fatores positivos que a região oferecia e ainda oferece aos investidores. Hoje
esse bairro tem uma população superior a muitas cidades de interior em nosso
estado e no país. Conforme Censo de 2000 eram 10.363 habitantes. Hoje esse
número mais que dobrou. Com a expansão do setor imobiliário, a infraestrutura
não acompanhou a expansão de forma adequada, gerando inúmeros problemas na área
da educação, na saúde, nos meios de transporte, na geração de empregos, na
mobilidade urbana, na segurança da população.
Em decorrência de incentivos a investimentos
em moradias promovidas pelo Governo Federal, esta situação tende ainda se
agravar, pois, vários projetos de empreendimentos imobiliários estão em
andamento e muitos ainda em fase inicial de execução.
A comunidade se resente das
dificuldades e exige das autoridades atitudes para minimizar os problemas do
dia a dia. Isto se identifica pelos
protestos da população, pelas
intervenções junto a Câmara de
Vereadores, junto as Secretarias Municipais, no Orçamento Participativo, nos
Partidos Políticos, nas entidades de
fins sociais. A aplicação do Programa Cidades Sustentáveis é um importante
instrumento de identificação das carências e necessidades para dar a sua
população uma melhor qualidade de vida. Orientar e definir rumos para ações
reivindicatórias da população com bases elucidativas, claras, bem fundamentadas
de suas propostas junto ao Poder Público do Município.
Para que tenhamos condições
para um desenvolvimento sustentável requer
dados estatísticos, indicadores, reconhecendo o papel estratégico do
planejamento e da realidade urbana.
População total, crianças, estudantes, local de ensino, áreas publicas, numero
de empregos, renda populacional, áreas de lazer, uso de água tratada, rede de
esgoto, consumo de energia, pessoas em
nível de pobreza, serviços de saúde, serviço de creches, serviços lixo,
distribuição de renda, criminalidade, moradores de rua, domicílios com
computação e rede de internet, etc. É
através de índices, isto comparação de dados da população com o seu meio
ambiente é que poderemos determinar os
pontos fortes e fracos, as diferenças comparativas com outras comunidades e o
do próprio município. Traçar daí as condições para determinar a melhor
qualidade de vida da população. É
importante que esta ação tenha a
participação do setor público e do setor privado, em especial as entidades
sociais e de classe. Luiz C. B. de
Freitas – 2013 – lcbfreitas@yahoo.com.br.
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