quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013


SUSTENTABILIDADE MICRO REGIONAL

BAIRRO HIPICA DE PORTO ALEGRE

A IMPORTÂNCIA DE DADOS PARA DECISÕES NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

A aplicação da sustentabilidade comunitária foi inspirada nos compromissos de “Aalborg”, na Dinamarca, por um pacto político com o desenvolvimento sustentável por mais de 650 municípios. Envolve a participação da comunidade:  na tomada de decisões; no  na economia urbana; nos recursos naturais;  no correto ordenamento do território; na mobilidade urbana;  na conservação da biodiversidade;  entre outros aspectos relevantes.

No Brasil, face a sua realidade foram agregados dois  novos eixos temáticos: A educação para a sustentabilidade e qualidade de vida  e a cultura para a  sustentabilidade.   Quem vem dando substancial atenção ao plano é o Instituto ETHOS de Empresas e Responsabilidade Social. Há inclusive um site para maiores informações. www.cidadessustentáveis.org.br.

A aplicação dos seus fundamentos pode ser aplicado a um país, um estado, um município. E por que não a uma micro região ou a um bairro municipal. A nossa atenção volta-se ao estudo da realidade do Bairro Hipica em Porto Alegre. Assegurar a sustentabilidade sustentável,  identificando suas debilidades, suas insuficiências sócio econômicas. Garantir a melhoria qualidade de vida local e reduzindo os fatores que contribuem para a elevação da mobilidade urbana. Influenciar o Poder Público do Município a decidir com fundamentos e dados  gerados  pelas estatísticas apurados pelo projeto da sustentabilidade.

O Município de Porto Alegre tem uma população superior a 1,5 milhões de habitantes ( censo de 2007, 1.415.237 habitantes), uma área de 476,3 km2, 17 micro regiões, 81 bairros oficiais. O Bairro Hípica criado pela  lei,  nº 6839 de 12 de setembro de 1991, tem um área de 447 hectares. Seu crescimento social nos últimos dez (10) anos tem sido elevado, fruto dos investimentos realizados pelo setor da construção civil de loteamentos e condomínios residenciais, aproveitando os fatores positivos que a região oferecia e ainda oferece aos investidores. Hoje esse bairro tem uma população superior a muitas cidades de interior em nosso estado e no país. Conforme Censo de 2000 eram 10.363 habitantes. Hoje esse número mais que dobrou. Com a expansão do setor imobiliário, a infraestrutura não acompanhou a expansão de forma adequada, gerando inúmeros problemas na área da educação, na saúde, nos meios de transporte, na geração de empregos, na mobilidade urbana, na segurança da população.

 Em decorrência de incentivos a investimentos em moradias promovidas pelo Governo Federal, esta situação tende ainda se agravar, pois, vários projetos de empreendimentos imobiliários estão em andamento e muitos ainda em fase inicial de execução.

A comunidade se resente das dificuldades e exige das autoridades atitudes para minimizar os problemas do dia a dia. Isto  se identifica pelos protestos da população, pelas  intervenções junto a  Câmara de Vereadores, junto as Secretarias Municipais, no Orçamento Participativo, nos Partidos Políticos, nas entidades  de fins sociais. A aplicação do Programa Cidades Sustentáveis é um importante instrumento de identificação das carências e necessidades para dar a sua população uma melhor qualidade de vida. Orientar e definir rumos para ações reivindicatórias da população com bases elucidativas, claras, bem fundamentadas de suas propostas junto ao Poder Público do Município.  

Para que tenhamos condições para um desenvolvimento sustentável  requer dados estatísticos, indicadores, reconhecendo o papel estratégico do planejamento e da  realidade urbana. População total, crianças, estudantes, local de ensino, áreas publicas, numero de empregos, renda populacional, áreas de lazer, uso de água tratada, rede de esgoto, consumo de energia,  pessoas em nível de pobreza, serviços de saúde, serviço de creches, serviços lixo, distribuição de renda, criminalidade, moradores de rua, domicílios com computação e rede de internet, etc.  É através de índices, isto comparação de dados da população com o seu meio ambiente  é que poderemos determinar os pontos fortes e fracos, as diferenças comparativas com outras comunidades e o do próprio município. Traçar daí as condições para determinar a melhor qualidade de vida da população. É  importante que esta ação tenha  a participação do setor público e do setor privado, em especial as entidades sociais e de classe.    Luiz C. B. de Freitas – 2013 – lcbfreitas@yahoo.com.br.

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